Quando o Nosso Melhor Amigo Chega ao Fim da Sua Missão.

Hoje, dia 19 de Março de 2021, foi um dos dias mais tristes da minha vida. O meu Fiel Amigo partiu.
Já doente, chegou ao fim da sua vida.
Encheu as nossas vidas de alegria, momentos muito bons e engraçados, repletos de amor, companheirismo e cumplicidade. Ele era muito mais do que uma gato. Ele era um grande amigo. O meu grande amigo. Ele não gostava de colo, mas adorava dormir na minha almofada. Ele não gostava de beijos, mas procurava sempre as melhores brincadeiras e miminhos. Ele corria pela casa, às vezes de madrugada, arranhava as cadeiras e o parapeito da janela do nosso quarto. Ia deitar-se na mesa de cabeceira do pai, para o acordar com ferradelas. Ele era bravo e doce. Ele ferrava, mas também dava miminhos.
Ele reconhecia o nosso carro quando chegávamos a casa, e esperava-nos à porta, a miar muito contente. E como esperto que era, fugia para as escadas, para rebolar na tijoleira. Como ele era feliz a rebolar na tijoleira, e por vezes subia as escadas de Rebelde.
Lembro me do dia em que o fomos buscar. Tão pequenino que era. Fez a viagem para casa muito assustado, embrulhado numa toalha e no meu colo. Chegando em casa, foi imediatamente descobrir o novo habitat. Lembro me de que não conseguia subir no sofá. Não sabia comer da tigela, de tão bebé que ainda era. Fez algumas vezes xixi no quarto dele, fora da caixa de areia, mas de tão esperto que era, aprendeu rápidamente onde era o seu WC.
As suas primeiras viagens de carro, foram uma aventura. Ele passeava pelo carro. Vinha para o colo, para a frente e traseira, passeava pelos assentos, e até tentou ir para os pedais. Era uma maroto.
Ele ignorava os outros gatos no veterinário, Lembro-me de um gato laranja lhe bufar, e o Piluças ignorou-o como se fosse superior. E era. Era o meu Piluças. Um bravo felino.
Tentamos arranjar namoradas, mas só arranjamos pulgas. 😂
Ele saltava para o móvel da nossa entrada em casa, quando estávamos a calçar os sapatos para sair, e tentava sair connosco, quando abriamos a porta.
Ele adorava iogurte, lambia ou bebia da tampinha quando abriamos um.
Lembro-me que chorei da última vez que o deixei na casa dos avós, após as ultimas férias de natal. Foi essa, a última vez que o vi.
Ele não conheceu a Cucuitas, a irmã humana.
Ele era feliz. O nosso floco de neve, branco imaculado, lindíssimo Piluças. Muito mimado e amado, deixou as melhores lembranças e uma grande lição de vida. Quem amamos queremos por perto. Os dias, os meses, os anos não voltam. Foram 13 anos de alegrias. Ele fez os avós mais felizes.
Até um dia docinho de coco. Abominável gato das Neves. O Mister Piluças. A coisa mais fofa da mãe. Espera por nós.

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