Miss you.... Miss me...

Miss you... miss me...


Abracei esta vida de aventuras em 2012, quando resolvi deixar o meu canto no Porto para me juntar ao caos cosmopolita e multucultural da cidade de Londres. Desenvolver uma nova lingua em formato "técnico", Tecnicas de comunicação verbal e não verbal adaptadas a um povo sem etnia mas nada mediterrânico com uma visaõ sobre um mundo e uma realidade nada equiparada à minha. 
Deixei para trás o cheiro a mar, o café e a minha casa na primeira linha de praia. Eu não vim a procura de um futuro, eu vim em busca de um presente. Aquele "chamamento" intemporal que ninguem me poderá tirar, porque é só meu, chamado VIDA, me moveu daquele cantinho na Agudela para esta mundo regado de gente como eu. Chamar-lhe-ia "open mind" à uns anos atrás.... neste momento chamar-lhe-ei "fucking genious.



Mas mesmo nos mais belos jardins encontramos espinhos.... Poderei dizer que a saudade traiu-me. 
O Piluças, o meu gato, aquele grande companheiro já não estava ali, para viver esta grande aventura comigo. Senti que o estava a trair. Senti que estava a trocar a sua curta vida pelo meu egoismo. 
Aprendi com isso que os animais amam, e amam muito. Com a minha ausencia iniciou comportamentos depressivos. Miar toda a noite, isolamento e rejeição foram os mais marcantes.
O seu comportamento apenas retornou à normalidade após ver-me novemente e perceber que eu não o tinha abandonado. Como eu gostaria de perceber os seus pensamenos, os seus raciocinios puros e inocentes, vazios de manhas e interesses, pureza interdita ao animal dito racional, mas abundante na mãe natureza.

A felicidade do Piluças quando me viu, ao fim de três meses quando finalmente regressei a casa naquele natal, era transparente, imaculada e radiante naqueles olhos ambar. Nunca irei esquecer aquele minuto ... quando aqueles olhinhos olharam para mim.
Senti que a felicidade pode resumir-se a um breve momento como abraçar o meu gato naquela noite.
 
As grandes ausencias e coisas importantes que deixei para trás, é o preço alto que pago para que possa viver sonhos e completar passos largos. Nem sempre a liberdade liberta, mas nem sempre o amor é suficiente. A necessidade de sair do casulo transborda as margens de um rio que grita por corrente, quando as barragens já não seguram as àguas paradas. 

Anseio por novas aventuras, nas quais poderei leva-lo comigo. Até lá, tenho a certeza que está protegido e feliz. 



Comentários

Mensagens populares